Contextos brasileiros
As transformações do capitalismo ao longo dos tempos nos fazem refletir sobre as relações dos diversos países (G8, BRICS, etc.), dando a impressão que sempre há, na verdade, um direcionamento da ordem mundial no sentido de tentar preservar os interesses da riqueza em detrimento dos pobres.
O capitalismo abandona o liberalismo clássico, logo após a segunda revolução industrial, onde a economia tinha suas próprias leis, mas somente para preservar o capital, e passa a um capitalismo monopolista.
O capitalismo monopolista foi responsável pelo neocolonialismo ou imperialismo, colonização direta de diversos países menos desenvolvidos, de volta na verdade aos primórdios da era moderna. Quando o capitalismo, em 1929, sofre um grande abalo, com a crise norte-americana, nada mais é que um produto da especulação financeira (a farra do ganho fácil dos capitais internacionais) e da grande interligação dos mercados de forma dependente (outra forma de colonialismo).
Um dos países que saiu ileso da grande crise mundial de 1929 foi a União Soviética, justamente porque tinha uma economia fechada, totalmente planejada e controlada, portanto aquele que conseguiu dizer não aos ditames internacionais.
Em 1932, após a crise, surge o plano de recuperação econômica dos EUA, que consistia na intervenção do Estado na economia, regulando a produção e fiscalizando a bolsa de valores, por exemplo, o que neste momento significava uma resposta às perdas astronômicas do capital internacional.
Surge aí o capitalismo como um modelo que busca o bem-estar social.
O modelo do capitalismo de bem-estar social segue incontestável até o início dos anos 70, surgindo, a partir daí, após sucessivas crises, o modelo noeliberal.
O neoliberalismo quer o fim do Estado-empresário ou Estado-interventor, pois concebe que para voltar a crescer é necessário o fim da intervenção dos governos na economia e o desmonte do Estado de bem-estar social, que é por demais oneroso,