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"Estes tipos de paredes moldadas são encontrados em obras hidráulicas, açudes ou barragens, e ficam, normalmente, submetidas a pressões horizontais provenientes de diferenças entre as cotas de armazenamento ou de montante e a cota de jusante. Devido igualmente aos assentos, e embora mesmo não se apoiando no firme rochoso ou em camadas consistentes, as paredes ficam igualmente submetidas a compressões, com problemas suplementares de flexões parasitas (encurvadura essencial). Estes assentamentos implicam deslocamentos verticais e horizontais (estes com valores da ordem de 0,4 a 0,5 dos valores verticais) e a formação de flechas além do admissível, originando-se fissuração e possibilidade de percolação perniciosa que pode levar a situações de ruptura graves. Naturalmente, as paredes moldadas não podem ser consideradas, nestes casos, como um órgão independente que possua as características de uma placa apoiada, em cima e em baixo, em suportes rígidos. Uma parede moldada impermeável submetida aos esforços referidos, terá que se adaptar ao conjunto formado pelo corpo da barragem e pelo solo de fundação devendo ter a capacidade para suportar as deformações gerais criadas pelo novo diagrama triaxial de tensões, não só durante as várias fases de construção da obra, até à conclusão, como ainda durante os vários regimes de carga hidráulica proveniente das variações de níveis a montante e jusante, o que implica que todo o comportamento da parede deva ser analisado pelos métodos da mecânica dos solos, de maneira a avaliar o regime de tensões e escolher a resistência dos materiais de enchimento ou constituição da cortina, em função destas informações. "