Contar Hist Rias
A autora relata suas experiências como contadora de histórias, que teve início durante seu estágio no curso de magistério, numa tentativa muito bem sucedida de chamar a atenção das crianças que se encontravam numa sala na mais completa desordem e agitação. Percebeu que as histórias prendem a atenção dos ouvintes, além de informar e socializar. Por sentir-se tão gratificada com esta “arte”, decidiu escrever o livro para ensinar técnicas e reativar o interesse das pessoas para a importância de se contar histórias. (p. 7-8)
A história a ser contada, além de ser condizente com os interesses dos ouvintes, que variam de acordo com a faixa etária, deve levar em conta o estilo e o gosto do narrador. Este, por sua vez, deve adaptar a linguagem escrita, respeitando as peculiaridades de cada faixa etária, tornando a narrativa mais dinâmica e interessante. (p.13-14)
A autora enfatiza a importância de se captar a mensagem implícita na história, identificando seus elementos essenciais, que devem ser contados na íntegra, e os detalhes, que podem ser descritos conforme a criatividade do narrador. (p. 21-22) A conclusão deve ficar a cargo dos ouvintes, que no máximo, devem ser questionados sobre como agiriam se fossem os personagens, sem que o contador aplique lições ou aponte a moral da história. (p. 24)
Há diversos recursos para se apresentar uma história como a simples narrativa, narrativa com auxilio de um livro, uso de gravuras, flanelógrafo, desenhos ou ainda, com a interferência do narrador e dos ouvintes. (p.31) Uma mesma história pode ser contada de várias formas, a depender dos objetivos e das circunstâncias. (p. 46) Antes de iniciar a história, é importante estabelecer uma breve conversa com os ouvintes sobre o que será contado, para que estes manifestem suas vivências logo no início, evitando interrupções no decorrer da narrativa. (p. 47) O contador deve ter interesse e entusiasmo para estabelecer uma sintonia com o auditório e