contabilidade de custos
As relações entre finanças e inovação são complexas e multifacetadas. Recentemente, tanto aliteratura sobre crescimento econômico (a partir de Levine, 1997) como a tecnologia (a partir de O’Sullivan, 2004, Perez, 2002, Chesnais, 2006) têm dedicado maior atenção a esse tema. Esse interesse renovado faz justiça a autores clássicos e a historiadores da economia que contribuíram para indicar – nas suas linguagens específicas - como a articulação entre a dimensão monetário-financeira e a dimensão industrial-inovativa é decisiva para o desenvolvimento econômico.
Este artigo investiga as relações entre as dimensões monetário-financeira e industrial-inovativa na atualidade, a partir de uma comparação internacional. Dois exercícios empíricos distintos são realizados neste artigo. Primeiro, usando os dados em painel para os 212 países entre 1999 e 2003, procura-se identificar a relação entre os estágios de desenvolvimento econômico e as dimensões industrial-inovativa e monetário-financeira controlando pela especificidade de cada país e é possível ter uma avaliação preliminar sobre como estágios de desenvolvimento econômico são influenciados por essa articulação.
O segundo exercício empírico investiga o agrupamento de países com dimensões industrialinovativa e monetário-financeira semelhantes. Os resultados encontrados corroboram de certa forma a hipótese de efeitos recíprocos entre essas duas dimensões, a monetário-financeira e a industrial-inovativa.
Esta é a contribuição específica deste estudo vis-à-vis outros trabalhos empíricos, como os de Levine (1997): a possibilidade de analisar os dados internacionais de forma a avaliar as especificidades dos países em diferentes níveis de desenvolvimento. Este estudo está também articulado com uma agenda de pesquisas mais ampla, que até este momento esteve centrada na investigação das relações entre ciência, tecnologia e riqueza das nações
(Ribeiro et al, 2006a, 2006b). Nesse sentido, este artigo ao