Contabilidade ambiental
Donaire (1999) afirma que foi somente no decorrer de 1950 que houve uma análise e reavaliação dos resultados do crescimento econômico e uma co-relação com as questões ambientais, mas só na década de 1970 a economia se debruça de forma significativa sobre essas relações.12
Em abril de 1987, o Relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento dissemina a expressão desenvolvimento ecologicamente sustentado, que o define como aquele que responde as necessidades do presente sem comprometer a capacidade ambiental das gerações futuras. Também o ampara em três vertentes: crescimento econômico, eqüidade social e equilíbrio ecológico (DONAIRE, 1999).
O autor constata que a partir de 1970, na Europa e nos E.U.A houve o estreitamento entre o relacionamento das empresas com a sociedade, a qual passou a exigir a mensuração do desempenho social das empresas, e a tentativa de implementação de uma espécie de contabilidade social que acabou enfatizando, também, o aspecto ambiental, o qual, acabou exaltado nos EUA pela atividade de controle ambiental do Environmental Protection Agency
(EPA) que criou padrões para a aplicação da legislação ambiental e políticas nacionais nessa área. Tais atividades e padrões formaram um conjunto de tarefas que passou a ser conhecido como auditoria ambiental, que examina a situação ambiental da empresa em relação às regulamentações existentes.
Santos et al (2001, p.91) definem que a contabilidade ambiental é o estudo do patrimônio ambiental (bens, direitos e obrigações ambientais) das entidades. Tem como objetivo fornecer aos seus usuários informações sobre os eventos ambientais que causam modificações na situação patrimonial, realizando a sua identificação, mensuração e evidenciação. A globalização da economia e a conscientização da sociedade estão pressionando