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Tsoti: Infância Roubada, escrito pelo dramaturgo sul-africano Athol Fugard, foi transformado em filme com direção de Gavin Hood, fotografia de Lance Gewer e elenco de Presley Chweneyagae, Terry Pheto, Kenneth Mkosi, Mothusi Magano. Este filme ganhou diversos prêmios internacionais, entre eles o Oscar, a história de intenso apelo humano, narra as mudanças de um jovem marginal negro, com sua gangue de assassinos e assaltantes pelas ruas miseráveis de um bairro segregado da Johannesburgo do ano 1950, com pessoas vivendo aprisionadas de intolerância racial, cometendo crimes contra seu próprio povo. Neste mundo de violência e pobreza, a morte parece ser a única saída.
É uma história triste, de um membro de gangue que num dos seus atos inconsequentes, rouba um carro e descobre um nenén indefeso dentro, ao invés de matá-lo ou abandoná-lo, o que estaria de acordo com sua natureza delinquente, ele se comove e enxerga no bebê uma redenção para si mesmo, afinal ele já foi uma criança indefesa e abandonada.
O filme mostra uma pequena passagem da sua infância, sua mãe está morrendo e o pai não o quer perto dela, seu único amigo parece ser um cão que é morto pelo pai num ato de fúria e impaciência, talvez pelo desespero de ver sua família se desfazendo, o garotinho foge e passa a viver na rua, deste afeto coagido pelo pai, surge um violento criminoso. Porém quando este criminoso se vê diante de um bebê, filho de uma mulher por ele mesmo baleada, ele acaba se inclinando a cuidar da criança, como se quisesse dar todo o afeto que havia sido negado a ele pelo pai. Com isso o protagonista desenvolve um novo olhar acerca de tudo a sua volta, ele passa a distinguir seus amigos e as pessoas que realmente lhe têm carinho.
A redenção é uma ideia inerente a lógica cristã que inevitavelmente prevê o sacrifício, porém ela se torna falsa e superficial quando o protagonista em meio a diversas possibilidades não vê outra saída que não seja a de se