consumo
As indústrias brasileiras de brinquedo devem manter, nos próximos anos, crescimento da produção e de vendas no mercado interno. Os ventos são favorecidos, entre outros fatores, pelo cenário internacional. Com o prolongamento do baixo crescimento dos Estados Unidos e a recessão na Europa, fabricantes internacionais miram os consumidores dos países emergentes, em especial o Brasil. O otimismo também tem impulso na possível continuidade do processo de inclusão social, no ambiente interno. A ascensão da "nova classe média" leva mais pessoas a subir na pirâmide de renda e a participar do mercado de consumo. No longo prazo, porém, a expansão da demanda sofrerá, em algum momento, o impacto das mudanças demográficas, como a redução do número de filhos por família.
Em 2013, o setor projeta crescimento de 12%, repetindo o desempenho favorável registrado no ano anterior. As estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Brinquedos (Abrinq) levam em conta, até mesmo, a possibilidade de recuperação de parte das vendas perdidas para os produtos chineses. As indústrias instaladas no território nacional esperam fechar este ano com 55% do total das vendas internas. O restante fica por conta dos importados. A Ásia - com predominância da China - continua imperando em todo o mundo, incluindo o Brasil, com 70% de toda a produção de brinquedos. Bonecas, bolas e carrinhos ainda permanecem na lista de preferências dos brinquedos de meninos e meninas, mas perdem espaço para os itens tecnológicos.
Transição - Nos Estados Unidos, duas das maiores empresas do setor, a Mattel e a Hasbro, enfrentam um momento de instabilidade dos negócios. Por quatro trimestres consecutivos, a Mattel contabiliza queda de vendas da Barbie, o seu principal produto. As multinacionais sentem as mudanças dos ventos. Para as indústrias do segmento, os próximos anos serão marcados pelo crescimento exponencial da influência dos produtos tecnológicos e fatores