Consumo
Na visão economica, o consumo é a actividade que consiste na fruição de bens e serviços pelos indivíduos, pelas empresas ou pelo governo, e que implica a posse e destruição material (no caso dos bens) ou imaterial (no caso dos serviços). Constitui-se na fase final do processo produtivo, precedido pelas etapas da produção, distribuição e comercialização.
O conceito de “consumo final” a que os economistas se referem normalmente está relacionado ao emprego não produtivo dos recursos, por oposição ao “consumo intermediário”, cuja característica distintiva é precisamente o facto de ser produtivo.
O primeiro inconveniente do conceito assim definido, é que não pode ter um significado preciso, se não relativamente a uma troca de tipo monetária. Quando um serviço qualquer não implica uma remuneração ou pelo menos quando não é assimilável por um processo que implique uma criação de lucros, nada há de produtivo na visão do economista. É desta forma que toda a esfera dos serviços prestados no interior das unidades de consumo domésticas – escapa à atenção dos contabilistas oficiais.
Um segundo incoveniente do conceito económico do consumo é o de dar crédito à idéia de uma dicotomia puramente artificial. Diferentemente da (e por oposição à) produção que seria o acto dinâmico por si próprio, o consumo é apresentado como um conjunto de actos passivos.
Em linguagem corrente o que se designa por consumo,abrange uma grande quantidade de actos domésticos ou extadomésticos (culturais, por exemplo) que não são menos criadores que a produção propriamente dita, mesmo sob o ponto de vista da comunidade.
No significado corrente do termo “consumo” torna-se evidente que este visa, sem os distinguir, um grande número de actos que são todavia sensivelmente diferentes uns dos outros, sob o ângulo das relações de ordem física que se estabelecem entre os indivíduos e um conjunto de objectos. O mesmo termo evoca umas vezes a ideia de metabolismo ou de consumição