Consumismo
Atualmente, o consumo desenfreado na vida das crianças é responsável pelo surgimento de inúmeros problemas, dentre os quais se destacam, como sendo os mais comuns, a obesidade infantil, a banalização do consumo, o materialismo excessivo, o desgaste das relações sociais e o estresse familiar. A obesidade infantil é decorrente do consumo de alimentos pouco nutritivos, recheados de gorduras, açúcares e/ou sódio. A banalização do consumo é verificada quando a criança perde, ou mesmo nem chega a adquirir, a noção de quanto custa a seus pais a compra dos produtos que almeja. O materialismo excessivo ocorre quando a criança acredita que para ser feliz precisa ter algo. O desgaste nas relações sociais acontece de forma ampla, e o estresse familiar surge quando, por exemplo, os pais tentam solucionar o problema já existente, negando a compra dos produtos desejados por seus filhos a qualquer custo. Há também a violência na juventude e a sexualização precoce e irresponsável na infância. A aceleração da puberdade, por exemplo, faz meninas de dez anos comportarem-se como adultos mirins, pressionadas por seu grupo a darem o primeiro beijo ou terem a primeira relação sexual, assim como consumirem roupas, acessórios, maquiagens e celulares. Essa necessidade de consumo por parte de crianças e adolescentes – principalmente como forma de conquista de auto-afirmação pessoal – cria ainda graves problemas com relação aos valores que levarão para suas vidas. E mais, de acordo com o neurologista Dr. Plínio Ferraz, a oneomania, doença que gera compulsão pelo consumo, ou seja, o desejo incontrolável pelo ato de comprar, já atinge também crianças, sendo que os principais sintomas dessa compulsão são a angústia e a ansiedade. No Brasil, só a moda infanto-juvenil movimenta a soma anual de R$10 bilhões, o que corresponde a um terço de toda a roupa consumida no país! Adolescentes brasileiras gastam, em média, 60% da mesada com cosméticos e representam,