Consumismo
Publicação: 21 de Dezembro de 2008 às 00:00
Lojas lotadas, gente passeando com dezenas de sacolas distribuídas em apenas duas mãos. A cena já é um clássico do final de ano e leva a refletir sobre o consumismo que toma conta das pessoas, principalmente nesta época, onde o apelo da mídia nos leva a um único caminho: as lojas. Até para os mais controlados, o período do Natal virou sinônimo de consumo. Imagine como ficam aqueles que já gostam de fazer umas comprinhas durante o ano todo.
“Sou louca por sapatos e bolsas, sempre que via um novo, ia lá e comprava. Acho que o meu ato de consumismo mais exagerado foi ter comprado, em três dias, 12 pares de sapato. Esse ano eu resolvi dar uma freada nos gastos, estou focada em outros objetivos e por isso diminuí o ritmo das compras. Até agora comprei minha roupa do Ano Novo e alguns presentes, bem menos do que no ano passado”, conta a bancária *Katarina.
Para a psicóloga Elza Dutra, a sociedade moderna favorece o consumismo. Haja visto as facilidades de crédito, de parcelamento. “Hoje as pessoas valem mais elo que tem e não pelo que são. E a mídia, a publicidade perceberam isso e bate em cima da fragilidade e vulnerabilidade do ser humano. Até o presidente da República tem estimulado o consumo nesses últimos meses”, conta.
O consumismo é tido pelos especialistas como um dos grandes problemas da vida moderna, pois não causam apenas transtornos financeiros, mexe também com o psicológico das pessoas. Assim como existem pessoas compulsivas por comida, tem aqueles que compram por compulsão e compensação. “A gente vive mergulhado em um mundo onde a grande dificuldade é encontrar nossa particularidade. Hoje são muitas as pessoas com depressão e um dos motivos é a perda da essência, seguem as coisas do mundo e esquece de si”, diz Elza Dutra.
As características de um consumista são as mesmas em qualquer lugar do mundo, eles compram para substituir ou compensar algum problema, como por exemplo, a