leite
Da
Ourofino Agronegócio
Por
Kim Danshi Higuti
Marcus Rezende
A febre do leite, conhecida também como paresia puerperal, hipocalcemia puerperal, febre vitular ou mal da vaca caída, é uma doença metabólica que ocorre comumente na primeira semana pós-parto, devido ao desequilíbrio orgânico de cálcio e fósforo, resultando em sinais clínicos de hipocalcemia aguda, que normalmente ocorre nas primeiras 72 horas após o parto, porém pode ocorrer antes ou mesmo durante os primeiros 30 dias de lactação. Tal alteração normalmente ocorre devido às altas exigências de cálcio para a produção de colostro e leite, situação de elevada demanda deste mineral que em situações normais é plenamente atendida pela ação do paratormônio (PTH), hormônio secretado pela paratireóide que atua disponibilizando o cálcio dos ossos para uso sistêmico do animal. Em situações em que ocorra a abrupta elevação de demanda de cálcio, no intervalo de liberação de PTH e sua atividade disponibilizando cálcio para o organismo pode ser observado o quadro clínico de hipocalcemia. Eventualmente a febre do leite pode ser confundida com deficiências nutricionais, balanço energético negativo ou subnutrição, problemas comuns durante períodos de estiagem mais severos e que embora distintos, tem a conduta de tratamento muito semelhante.
A febre do leite pode predispor complicações secundárias (retenção de placenta, metrite, mastite, atonia ruminal, entre outros) e mortes; causam sérios prejuízos à pecuária brasileira, podendo em alguns casos acarretar em perdas de 5 a 10% na produção leiteira e redução de até três anos na vida útil destes animais. Bezerros filhos de vacas que sofreram com a febre do leite tendem a tornarem-se fracos e tardios.
SINAIS CLÍNICOS
Os sinais clínicos da febre do leite são divididos em três fases distintas. No estágio inicial o animal apresenta um breve período de excitação com mugidos frequentes, tremores, ranger de dentes, respiração difícil