CONSUMISMO E SCHOPENHAUER
Arthur Schopenhauer, filósofo alemão, era famoso por sua teoria pessimista da existência. Para ele, a vontade constitui a essência da vida. Viver seria, portando, desejar. Como o desejo implica insatisfação e busca de algo que falta, a situação normal da vida seria de insatisfação e, portanto, sofrimento. Para o filósofo, é a satisfação da vontade que consideramos como prazer e felicidade. Daí que o prazer seja puramente negativo, pois seria apenas a ausência ou negação do sofrimento – ausência ou negação passageira, pois a vontade logo se refaz e, com ela, a insatisfação e a infelicidade retornam.
Schopenhauer foi um dos primeiros filósofos a tratar sobre a “vontade” do homem. Para Schopenhauer, a vida era basicamente voltada a uma meta, sendo o nosso objetivo, como a felicidade e satisfação. Essa grande meta nada mais é que a nossa Carência (falta), a Necessidade e o Querer. Essas três etapas são a nossa vontade. Sendo assim, ao ter carência e a necessidade de algo e meu alvo for atingido, minha satisfação será passageira e módica (baixo valor), fazendo da felicidade inalcançável. Por exemplo: Quero e sinto a necessidade e a carência de ter um carro. Portanto, ter um carro é a minha meta. Ao alcançar a minha meta terei a satisfação passageira, pois novas metas serão disparadas. Neste caso, as novas metas seriam a questão de gasolina, estacionamento, limpeza, IPVA, etc., sendo algumas excluídas como principal objetivo. Isso gera um ciclo vicioso, nos fazendo querer mais e mais nos trazendo sofrimento.
A nossa carência é o antônimo de nossa felicidade, sem haver resultados de nossas satisfações. O homem tem a consciência de sua vontade. Então Schopenhauer vai tentar desvendar o enigma do mundo onde a vontade é refletida no homem. Descobre que enquanto estamos relaxados, sem a percepção das coisas em sua volta, ao ver o pôr-do-sol ou ouvindo música deitados, a gente foge da maquinaria do desejo. Assim nos passando de sujeitos do