Resumo do texto Construção Da Ordem O processo de construção da ordem política no Brasil, desde pelo menos meados do século XIX, aglutinou, ao longo do tempo, elementos distintos, porém essenciais, de centralização de poder. O Brasil Império observou a atuação constante e persistente de grupos políticos específicos que foram os responsáveis pela vitória de um projeto político conservador, enraizado na centralização do poder monárquico e que apostava na derrota de premissas com ênfases mais liberais. Dessa maneira, este artigo tem como finalidade apresentar os principais embates políticos que foram travados nesse período que configuraram e possibilitaram a emergência de um quadro político nacional particular no Brasil. Retornando ao período imperial e apresentando as principais análises feitas no que se refere ao processo político da época, com atenção especial ao período entre 1840-1860, apontaremos os elementos definidores desse processo que resultou na centralização do poder nas mãos de políticos conservadores. Quanto a Unificação da elite: uma ilha de letrados inicia-se falando sobre o elemento poderoso de unificação ideológica da política imperial, que foi a educação Superior. Num mundo de analfabetos, a Elite era letrada e dotada de conhecimentos, quase toda a Elite possuía estudo superior com maior concentração na área jurídica fornecendo conhecimentos e habilidades; constituída numa educação homogênea que promovia contatos pessoais entre estudantes das várias capitanias e províncias vindas do Brasil para a universidade de Coimbra em Portugal. A Universidade foi criada em Lisboa em 1290 e transferida para Coimbra em 1308, era de origem francesa a primeira dinastia portuguesa, no início predominavam as orientações jurídicas francesas e italianas marcadas pelo direito romano, onde um dos principais centro de ensino desse direito era a Universidade de Bolonha, forneceu vários romanistas a Coimbra os chamados “bolônios”.