Construção da Consciência Moral (Yves de La Taille)
Desenvolvimento do estudo: O texto adota a definição da moral intelectual e afetiva dizendo que toda ação moral se remete a um “fazer”. Então a moral intelectual ou cognitiva se remete a um “saber fazer” (competência intelectual) e a moral afetiva, a um “querer fazer” (motivação). Do ponto de vista kantiano, o “saber fazer” nos traz a idéia de que a moral exige que respeitemos a dignidade dos outros e também que mantenhamos a nossa própria. E já o “saber fazer”, diz respeito ao dever, explicando que dever moral é aquilo que aparece para a pessoa como algo que não pode ser feito, remetendo portanto à dimensão da lei, da obrigatoriedade, ou da terminologia kantiana.
Há motivações que são morais e outras que não são. No caso da moral, as motivações morais são as únicas que interessam. E para que uma ação seja definida como moral, é preciso que a motivação que a inspirou seja, ela mesma, moral.
Ao longo do texto, se desenvolve a idéia de que “saber fazer” está relacionado diretamente ao ato de decidir qual a melhor conduta moral. E os fatores que influenciam na decisão de um sujeito, compõe-se de conhecimentos, reflexões e juízos. Resumindo em uma só palavra, a razão no fazer moral. A análise do “saber fazer” aborda cinco temas: 1) A relação entre moral e razão, na qual diz que toda ação moral deve ser guiada pela razão. Pois sujeitos morais tem a liberdade de agir e de efetuar uma escolha, e o fato de efetuar uma escolha até mesmo ao emprego de critérios, é racional; 2) Moral e conhecimento, na qual uma das funções da razão é conhecer. Este conhecimento se refere ao conteúdo construído pela cultura, na qual em contato com o agente, este conteúdo é re-significado e reconstruído pelo próprio agente. Este conteúdo moral pode ser dividido em regras (formulações verbais reguladoras do agir, podendo ser deveres positivos ou deveres