Construindo o Planeta Terra
O autor diz que sua inspiração poética veio da visualização da passagem do cometa Halley em 1910, ainda criança. Iniciou a Escola de Farmácia, mas não concluiu. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1920.
Executou diversas atividades, a procura de estabilidade profissional: prático de farmácia, professor de francês, funcionário do cartório, telegrafista, arquivista do Ministério da Fazenda. Mas foi durante seu período como escriturário do Banco do Brasil que o autor começou a colaborar com textos e poemas para jornais e revistas do período Modernismo, como Revista de Antropofagia, Verde, Terra Roxa, Outras terras.
O autor fazia parte de um grupo que, na década de 30, encontrou no cristianismo o refúgio para as crises política e ideológica pela qual o mundo passava. Dessa forma, esse conjunto de escritores da segunda geração moderna era chamado de espiritualista. Além de Murilo Mendes, fizeram parte desse grupo: Vinícius de Moraes e Cecília Meireles. Contudo, essa fase religiosa continuava agregada à realidade social e era um pressuposto para trazer o catolicismo mais voltado aos problemas sociais.
Seu primeiro livro, intitulado “Poemas” foi publicado em 1930 e recebeu o Prêmio Graça Aranha. Em 1940, conheceu a poetisa Maria da Saudade com quem se casou no final da mesma década e viajou para a Europa com missão cultural, onde proferiu conferências. Mudou-se para Itália e se tornou professor da Cultura Brasileira e Literatura Brasileira na Universidade de Roma. Suas obras foram difundidas por toda Europa, onde ficou conhecido, inclusive por um círculo de amizades de artistas renomados, como: Miró, Breton, Ezre Pound e poetas brasileiros.
Em Juiz de Fora há um Museu de Arte Moderna do Murilo Mendes, MAM , UFJF.
Murilo Mendes faleceu em Lisboa, em 13 de agosto de 1975.
Obras: Poemas (1930), Bumba-meu-poeta (1930), História do Brasil (1933), Tempo e eternidade – em parceria