Consequências da longevidade
A modernidade trouxe com ela diversos avanços, quer sejam tecnológicos, ou médicos fazendo com que em consequência a expectativa de vida da nossa sociedade aumentasse, crescendo assim o número de idosos em nossa atual conjuntura social. Mas a reflexão que nos cabe, refere-se ao tema: estamos preparados para cuidar de nossos anciãos?
Nesse ponto a sociedade mostra-se nefasta, quando verificamos o tratamento dispensado aos nossos idosos. Por muitas vezes estes são relacionados a decadência, a algo indesejado. Diferente pois de tudo o que já contribuiu para sociedade como ser humano. Na maior parte dos casos de violência contra idosos, cerca de 80% são perpetrados por pessoas próximas, familiares. Ficando numa cifra negra onde não se chega ao conhecimento do poder público tais fatos.
O Brasil desde a sua constituição de 88 tem amparado o seus idosos no que tange a legislação, ratificando e abrangendo ainda mais através de uma discriminação positiva promulgando o estatuto do idoso. O ordenamento em si é salutar para manutenção e para evitar as violações dos direitos humanos dos idosos brasileiros. Tanto porque coloca a família como responsável, não eximindo a responsabilidade do estado.
Porém o que se verifica em nada é animador, pois ainda não temos cultura e consciência social de respeito aos nossos idosos, ponto chave para que todas as políticas de respeito aos direitos humanos positivadas sejam eficazes. Parte da base cultural a noção da importância dos nossos idosos na sociedade, para que estes não mais sejam tratados como estorvo familiar.
Porquanto não se muda essa cultura é necessário uma legislação discriminatória positiva sim, baseada na defesa das vulnerabilidades encontradas nessa etapa da vida, o qual invariavelmente, no curso natural de nossa vidas