Consciência negra
Público alvo: Ensino Fundamental 6º e 7º anos
Disciplina: Geografia
Professora: Marly Terezinha Buss
Justificativa:
As relações raciais no Brasil são marcadas por contradições. Ao mesmo tempo em que parcelas significativas da população negra se encontram em situações de desvantagem, no quadro de desigualdade social, o racismo é negado oficialmente e também pelo senso comum. Em muitos casos, evoca-se a mestiçagem do povo brasileiro como fator de unidade e ausência de conflito. No entanto, há práticas veladas de racismo, como o requisito de "boa aparência" para a conquista de um emprego, que escondem um padrão de beleza branco, ou a associação do negro às funções que requerem menos qualificação profissional.
Esse racismo velado se reflete também no sistema educativo. A crença de que vivemos em um paraíso racial, sem conflitos, muitas vezes, impede que o assunto seja tratado em sala de aula, como se ao tocar no assunto estivéssemos criando o preconceito. As atitudes preconceituosas inscrevem-se no plano da invisibilidade da questão para amplos setores da sociedade.
Preconceito e discriminação são crimes. Talvez, seja este um dos primeiros passos rumo a uma mudança de mentalidade e atitude. Mas apenas leis, externas ao sujeito e tendo seu cumprimento subordinado ao poder coercitivo do Estado, não garantem mudança de atitudes. Tal mudança implica numa ação formativa de âmbito moral através da qual é o próprio sujeito quem se auto-obriga ao cumprimento das normas tendo por base seus valores e sentimentos morais.
Objetivos:
• Desenvolver a capacidade de compreensão crítica da realidade.
• Adquirir sensibilidade para perceber os próprios valores e sentimentos.
• Estimular a capacidade dialógica, a tolerância e a participação democrática.
• Reconhecer e assimilar valores morais que podemos entender como universalmente desejáveis.
• Estimular a participação de todos os educandos, expressando suas opiniões e sentimentos.
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