Conimbriga
A Península Ibérica, devido à sua riqueza, era extremamente cobiçada pelos Romanos: tinham um desejo intenso de a conquistar para expandirem o território do Império. Os Romanos derrotaram os Cartagineses no séc. III a.C., conquistando assim a Península Ibérica.
A romanização da Península Ibérica ocorreu em simultâneo com a conquista, tendo progredido desde a costa Mediterrânica até ao interior e à costa do Oceano Atlântico. Para esse processo de aculturação foram determinantes a expansão do latim e a fundação de várias cidades, tendo como agentes os legionários e os comerciantes. Como exemplo de cidades que surgiram com os Romanos, temos Braga (Bracara Augusta), Beja (Pax Iulia), Santiago do Cacém (Miróbriga), Conímbriga e Chaves (Aquae Flaviae).
Conimbriga é uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal. A cidade foi habitada entre os séculos IX a.C. e VII-VIII d.C. Os romanos chegaram ali no século I a.C., encontrando uma população florescente, mas logo introduziram sua civilização na região e a cidade entrou, assim, numa nova fase de crescimento, que continuou até às invasões bárbaras do século V, entrando daí em declínio. Classificada Monumento Nacional, é a estação arqueológica romana mais bem estudada no país. Conímbriga é uma das raras cidades romanas que conserva a cintura de muralhas de planta aproximadamente triangular. O tramo Norte-Sul das muralhas divide a cidade em duas zonas. Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos mosaicos que a pavimentam, é a grande villa urbana com peristilo central, a Norte da via. Em trabalhos junto à muralha Sul foi descoberto um grande edifício cuja finalidade seriam termas públicas, com as suas divisões características.
As primeiras escavações arqueológicas sistemáticas em seu sítio começaram em 1899 graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia. Entre os seus pesquisadores destaca-se Virgílio Correia que, entre 1930 e 1944, escavou sistematicamente toda a área