Conhecimento
Especial FO desenvolvimento do futebol feminino é um retrato da história de luta contra a discriminação das mulheres na sociedade. As mulheres conquistaram muitos direitos nos últimos anos e o futebol feminino começou a ganhar o seu espaço, mas alguns preconceitos ainda persistem. Siga o restante do post e confira mais sobre o assunto.
Como mostramos na primeira parte do nosso especial, o futebol moderno foi fundado com a codificação de jogos de escolas masculinas. Esse fator, somado ao machismo da sociedade em pleno século XIX, contribuiu para colocar as mulheres à parte do esporte – vale lembrar que o futebol não foi o único, nas primeiras Olimpíadas Modernas, por exemplo, não houve evento feminino algum.
Nettie Honeyball em seu uniforme do Ladies FC.
Nesse contexto, o futebol feminino começou a se desenvolver no Reino Unido como movimento de protesto. Nettie Honeyball, fundadora do Ladies FC em 1894, era defensora ativa dos direitos das mulheres, por exemplo. Isso gerou muita polêmica em torno do jogo, que só viria a ganhar popularidade quando as mulheres viraram a grande força de trabalho nos países que mandavam seus homens para a 1ª Guerra Mundial.
Durante muito tempo, entretanto, o futebol feminino sempre foi tratado ou como protesto ou como uma brincadeira sem objetivo. E realmente foi e ainda é um grande instrumento de afirmação feminina. Como na seleção do Irã, onde o futebol é uma das poucas oportunidades de inclusão em um país que as mulheres estão à margem da vida social.
Seleção do Irã, em seu uniforme típico que respeita suas tradições.
A virada viria com o incentivo que o esporte começou a ganhar principalmente na Europa, Ásia e Estados Unidos (onde as mulheres são mais adeptas do futebol do que os homens) a partir da década de 70. O Brasil, entretanto, demorou mais a entrar na onda e ainda é muito comum ver pessoas desconfiadas ao ver meninas praticando o esporte, o que gera grandes