Conhecimento vulgar e científico
Grande parte do nosso conhecimento não é científico, até mesmo porque começou antes da ciência, só que com a chegada dela foi possível explicar fatos que antes só eram abordados no senso comum e não tinham uma compreensão lógica, e é esse desejo por explicações que move a ciência. No que move essas explicações entramos com o explanandum, que é o que se pretende explicar e o explanans, que são os argumentos para explicar tal fato, e para sabermos o que é uma explicação científica devemos determinar o que deve estar contido no explanans, então entramos no modelo nomológico-dedutivo de Hempel (1905-1997) e Popper (1902-1994).
O modelo nomológico-dedutivo consiste basicamente em mostrar, que baseado em certa regularidade ou lei, um acontecimento iria ocorrer, com certas condições iniciais, assim encontrando apenas uma diferença pragmática entre a estrutura de uma previsão e de uma explicação. Assim, ao explicar tal acontecimento, estamos subsumindo-o em leis com um argumento dedutivo. Essa lei em que ele se baseia é chamada lei da natureza, que possui um caráter universal. Porém esse modelo é muito simples e pode ser enganador, pois pode cair no senso comum.
Logo, seria necessário explicar essa lei, que seria deduzi-la de leis mais gerais, englobantes e profundas. Também é importante lembrar que nem todas as leis são deterministas, algumas podem invocar probabilidades, e assim se tornar leis estatísticas, o que nos leva ao modelo estatístico-indutivo, onde algo tinha uma