conhecer os metodos de ensino e aprendizagem
(Seleção do artigo apresentado do: Letra A – O jornal de Alfabetizador. B. Horizonte, ago/set.de 2005 – Ano 1, n. 3)
Na história da alfabetização, opuseram-se métodos analíticos e sintéticos, um surgindo para superar o outro. Na década de 1990, a discussão de deslocou para necessidade ou não de método. Hoje, considera-se que conhecer a história dos métodos ajuda o professor a regatar alguns princípios permanentes e a construir uma metodologia eficaz para a alfabetização.
Naiara Magalhães
Muitos professores, em toda a história do “ensino das primeiras letras” , buscaram o melhor método para alfabetizar. Nos dias de hoje, essa busca continua presente, mas muitos educadores se “arrepiam” com o tema, pois consideram essa discussão um retrocesso. Isso acontece, em grande parte, de acordo com Magda Soares, pesquisadora do Ceale e professora emérita e titular da Faculdade de Educação da UFMG, em razão da ideia restritiva que se tem de método, considerado como escolha de um caminho único e de um só material didático, percurso com controle excessivo que não leva em conta o processo de aquisição da língua e o conhecimento que os alunos já possuem sobre ela.
No entanto, é preciso ter em mente que não é possível alfabetizar sem método. O que muda é que o conceito toma forma mais ampla e complexa, deixando de envolver a uniformização de procedimentos em todas as turmas e em todos os momentos do ensino. Conhecer a história dos métodos de alfabetização pode levar o professor a identificar permanências e princípios norteadores que vão ajuda-los a alfabetizar, levando em conta a situação específica da sala de aula, os conteúdos a ensinar, os processos cognitivos dos alunos e suas dificuldades e facilidade em adquirir certas habilidades.
As primeiras cartilhas e os métodos sintéticos
Até 1808, quando éramos colônia de Portugal, era proibido publicar no Brasil. Nessa época, segundo a