Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
Luciana Pereira da Silva
Professora - Jany keila Carvalho Gonçalves
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Serviço Social (SES 0098) – Libras
29/06/2012
RESUMO
O objetivo deste estudo foi conhecer as representações sociais e o impacto da surdez no cotidiano de familiares de crianças surdas. Nesta investigação adotou-se a metodologia qualitativa utilizando-se de coleta de dados em um centro de reabilitação. A amostra contou com familiares (pais ou mães) de crianças surdas atendidas nesse centro. A surdez foi representada como “um fardo”, “sofrimento”, “transtorno”, “sobrecarga” gerando “sentimento de culpa”, e dificuldade de aceitação por parte da família, enquanto a reabilitação remete a ideia de “socialização”, “respeito’ e “aceitação” no meio social”. O conhecimento das representações e expectativas dos pais trouxe subsídios para novas ações que incluam maior atenção às famílias, incentivo à participação em grupos de pais, visando a troca de experiências além da aceitação da deficiência dessas crianças.
Palavras-chave: Surdez. Família. Aceitação.
1 INTRODUÇÃO O conceito de surdez e da pessoa surda vem sofrendo mudanças no decorrer da história e particularmente nas últimas décadas, importantes avanços políticos veem ocorrendo nesta área, difundindo no Brasil a ideia da pessoa surda, com ênfase na “diferença” e não mais na “deficiência”. Este reconhecimento político da surdez pode ser traduzido em ações que considerem os direitos dos surdos enquanto cidadãos, com os recortes de suas identidades, língua, comunidade e cultura entre outros.
A pessoa surda pode ser definida como aquela que vivencia um déficit de audição que a impede de adquirir de maneira natural, a língua oral/auditiva usada na comunidade majoritária, e que constrói sua identidade calcada nesta diferença, utilizando-se de estratégias cognitivas e de manifestações comportamentais e culturais