Congresso
(Darcilia Simões – UERJ / PUC-SP / SUESC Natália Correia, Thaís Araújo, Marilza Maia e Manuela Trindade Oiticica[1])
Um preâmbulo necessário
São históricas as discussões acerca do insuficiente desempenho escolar no âmbito da leitura e produção de textos em língua materna. Este problema se reflete no rendimento escolar em geral, uma vez que todas as disciplinas dependem de domínio do vernáculo. Discentes e docentes apresentam dificuldades na expressão lingüística, o que é comprovado pelas dificuldades de comunicação (sobretudo escrita) nos exercícios e tarefas. Docentes se assustam ante as respostas obtidas. Discentes reclamam do não-entendimento dos enunciados. Em suma, a comunicação lingüística em português não anda bem.
Em função dessas dificuldades, vimos desenvolvendo estudos e pesquisas que possam minimizar os problemas de comunicação em sala de aula e, por conseguinte, auxiliar a formação de usuários de língua mais competentes no que tange à fluência de leitura e produção textual.
A despeito de todas as intervenções dos recursos audiovisuais, da informática, etc, as aulas de português (com poucas exceções) continuam sendo tempo-espaço de muito esforço e pouco resultado para professores e alunos. Por conseguinte, o estudante hodierno, em meio aos ene estímulos que o envolvem (e às vezes sufocam), precisa encontrar significado nas coisas a que se dedica. Logo, o paradigma didático-pedagógico mais ajustado à ansiedade do aluno contemporâneo é a chamada aprendizagem significativa (cf. Moreira, 1999: 20), que consiste num processo cuja essência é que idéias simbolicamente expressas sejam relacionadas — de forma não-arbitrária e não-literal — à estrutura cognitiva do aprendiz, ou melhor, ao que ele já sabe. Um dos caminhos para que se atinja tal modelo pedagógico é o trabalho interdisciplinar.
A interdisciplinaridade articula o