Conforto Térmico - Teto Jardim
Central já usavam essa técnica para criar isolamento térmico em suas casas. Na Europa, a tradição também vem do século XIX. Nos países nórdicos, colocar plantas sobre o teto era a forma de garantir o calor da casa antes da invenção dos aquecedores. Com o desenvolvimento das cidades e das tecnologias modernas de calefação, as cabanas com telhados cobertos por feno desapareceram. A antiga tecnologia verde foi considerada obsoleta. Mas, com a urgência das mudanças climáticas, os arquitetos de hoje buscam todas as formas possíveis de reduzir o consumo de energia. E o mundo está resgatando – com adaptações – os métodos ancestrais.
Na Alemanha, há bairros urbanos inteiros que voltaram a ganhar os tetos verdes. Quem tem área construída e não capta água da chuva leva multa. Quem constrói um telhado verde e maneja a água que cai sobre a própria casa recebe um subsídio do governo. Os dados de 2001 mostram que o país ganhou em 20 anos 14 milhões de metros quadrados de tetos verdes. Nos
Estados Unidos, a Ford, em Michigan, instalou um telhado verde em toda a extensão da fábrica e tem economizado 30% de energia com refrigeração.
Hotel na Alemanha
A primeira vantagem do sistema é que a camada de terra e de matéria orgânica viva
(das plantas) funciona como isolante térmico. Em locais quentes, as plantas no telhado mantêm frescor e, em locais frios, guardam o calor. Nos países frios, a calefação é o principal gasto de energia. A vegetação no teto também regula o escoamento da água das chuvas.
Normalmente, toda a água que cai sobre os telhados normais vai direto para o sistema de drenagem público. “A água e a falta de planejamento urbano acabam causando enchentes e sobrecarregando os rios,” afirma André Soares, do Instituto de
Permacultura e Ecovilas do Cerrado, em Goiás. A água que sai do