Conflitos Politicos no Mundo
Protestos se intensificam desde fevereiro e deixaram dois mortos na sexta. Região de maioria russa na Ucrânia deve aprovar união com país vizinho.
Uma votação na região ucraniana da Crimeia deve reconhecer, neste domingo (16), a vontade da maioria dos 1,5 milhão de habitantes de se unir com a vizinha Rússia - apesar de todos os protestos e das tentativas das potências ocidentais de impedir o referendo. A crise - a pior entre Ocidente e Oriente depois do fim da Guerra Fria - aumentou a tensão no leste da Ucrânia, onde ao menos duas pessoas morreram desde sexta-feira (14).
A Crimeia se tornou o foco da atenção internacional nas últimas semanas com uma escalada militar russa e ucraniana em seu território. As tensões separatistas da região, de maioria russa, se tornaram mais acirradas com a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, em 22 de fevereiro – o que levou a Rússia a aprovar o envio de tropas para “normalizar” a situação.
Para muitos russos, a Crimeia e a cidade Sebastopol, que no passado foi sitiada pelos invasores nazistas, têm grande importância emocional, por já terem sido parte do país e ainda terem a maioria de sua população de origem russaO primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksyonov, cuja eleição não foi reconhecida pela Ucrânia, afirma que, apesar do clima tenso, há segurança para a votação. "Acho que temos gente suficiente: mais de 10 mil pessoas nas forças de autodefesa, mais de 5 mil em diferentes unidades do Ministério do Interior e os serviços de segurança da República da Crimeia", afirmou o premiê, segundo a agência de notícias Reuters.
Contra o referendo, o Parlamento ucraniano aprovou a dissolução da assembleia regional da Crimeia, e um líder nacionalista do Congresso em Kiev disse que a região precisa ser punida para impedir que haja mais movimentos separatistas no leste ucraniano.
E não é só a Ucrânia a insatisfeita com a consulta popular deste