Fisiopatologia do Enfisema Pulmonar
As doenças respiratórias são as maiores causas de morbidades/mortalidades mundiais perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. As doenças respiratórias podem ser restritivas e obstrutivas. Sendo as obstrutivas as mais comuns na população. O enfisema pulmonar apresenta uma maior incidência em pessoas do sexo masculino de etnia branca, o que pode ter relação com fatores genéticos.Existem aproximadamente 14 milhões de indivíduos portadores de DPOC nos EUA, e, uma taxa de 4 a 6% em homens adultos e de 1 a 3% em mulheres adultas.
1. A PATOLOGIA
1. FISIOPATOLOGIA
O enfisema pulmonar é uma condição crônica e se caracteriza pela destruição tecidual dos pulmões, tornando-os hiperinsulflados. Ocorre uma dilatação permanente dos espaços aéreos distalmente aos bronquíolos terminais devido à destruição das paredes das vias aéreas, sem fibrose evidente. Essa condição está frequentemente associada à bronquite crônica causando obstrução ao fluxo de ar de forma progressiva resultando em doença pulmonar obstrutiva crônica(DPOC). As trocas gasosas são feitas nas unidades alveolares (ácinos) e no enfisema isso ocorre de forma insatisfatória, diminuindo a capacidade pulmonar total do paciente. Há perda de elasticidade pulmonar, tornando mais difícil a saída de dar durante a expiração.
Frente à exposição prolongada do indivíduo a substancias patógenas ocorre uma inflamação crônica fazendo com que haja um desequilíbrio entre proteases e antiproteases no parênquima pulmonar. Dessa forma, qualquer fator que aumente as proteases e/ou reduza as antiproteases, causa a destruição do arcabouço elástico do pulmão. A principal antiprotease é a alfa-1-antitripsina (enzima produzida principalmente pelas células hepáticas e cuja função principal é inibir a elastase, a qual destrói as fibras elásticas responsáveis pela sustentação do parênquima pulmonar).
Por sua vez, a elastase é proveniente dos neutrófilos e macrófagos. A elastase neutrofílica elimina as células