Trabalhinho
O enfisema pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), como o próprio nome indica, é uma doença crônica e progressiva que acomete os pulmões e destrói e/ou danifica os alvéolos. Ela é insidiosa e se desenvolve aos poucos. Durante anos pode apresentar apenas sintomas ligeiros que se tornam mais intensos e limitantes nos seus estágios avançados.
Fisiopatologia do Enfisema Pulmonar
A fisiopatologia envolve destruição gradual dos septos alveolares e destruição do leito capilar pulmonar, levando a um crescimento da incapacidade de oxigenar o sangue. Há uma diminuição do débito cardíaco e hiperventilação compensatória. Isso resulta em um fluxo sanguíneo limitado em um pulmão superventilado. Devido à diminuição do débito cardíaco, o resto do corpo pode sofrer de hipoxemia tecidual e caquexia respiratória. Eventualmente esses pacientes desenvolvem diminuição da massa muscular e perda de peso, sendo conhecidos como "pink puffers" (PP) - soprador rosado, (Tarantino,1997).
O enfisema é caracterizado pela perda da elasticidade do tecido pulmonar, destruição dos alvéolos e seus capilares. Conforme os danos aumentam, as vias aéreas colapsam, resultando em menos superfície para trocas gasosas, levando a uma forma obstrutiva de doença pulmonar: o ar entra nos pulmões e não sai.
A diminuição da ventilação e obstrução das vias aéreas e a hiperinflação dos pulmões resultam em baixos níveis de oxigênio (hipóxia) e eventualmente, níveis de dióxido de carbono (hipercapnia) no sangue cada vez maiores, conforme o espaço para troca gasosa reduz. Durante a hiperinflação pulmonar, o risco de inflamação das vias aéreas também aumenta, o fluxo de ar expiratório reduz e diminui ainda mais a transferência de gás. Os níveis de oxigênio no sangue progressivamente menores aumentam a frequência respiratória como resposta compensatória.
Os baixos níveis de oxigênio, se presente por um período prolongado, podem resultar em estreitamento por reflexo das artérias dos pulmões,