Conflitos na irlanda do norte
Apesar da preponderância do país no campo econômico, especialmente por ser o principal propulsor das duas fases da Revolução Industrial, o domínio britânico não trouxe melhoras substanciais à população irlandesa, uma das mais pobres da Europa na época. Crises alimentares durante a metade do século XIX eram comuns, o que provocava a emigração em massa dos locais, especialmente para os Estados Unidos e Austrália. Outro fator que tornava a convivência turbulenta era a diferença religiosa: a Irlanda é uma nação historicamente de forte influência católica, enquanto que os ingleses seguem a corrente anglicana, originada de um cisma entre o monarca inglês e Roma.
Ao fim do século XIX, crescia o movimento pelo “Home Rule”, ou seja, o direito da Irlanda dentro da união de ter seu próprio parlamento e ter jurisdição plena sob assuntos internos. Este é conquistado poucas semanas depois do início da Primeira guerra mundial, em 1914.
O descontentamento com a união, porém, não cessa, e logo a Irlanda luta pela independência, conquistada em 1922 por meio de um conflito armado iniciado em 1919.
Assim era criado o Estado Livre da Irlanda, por meio do Tratado anglo-irlandês de 1921. Este previa, porém, que cada um dos 32 condados do novo país podiam exercer o livre direito de permanecerem unidos à Grâ-Bretanha. Foi exatamente o que aconteceu com seis destes condados, equivalentes à região da Irlanda chamada de Ulster (nordeste da ilha), onde parte significativa da população era protestante e tinha muito mais