Conflitos de Gabriela cravo e canela
Neste momento da história é que surgem os conflitos das personagens. Conflitos entre as personagens e entre elas e o meio em que vivem.
No campo amoroso a complicação tem início a partir do momento em que Gabriela é admitida por Nacib como sua nova empregada, quando depois eles acabam estabelecendo uma relação amorosa.
"Voltou a examiná-la, era forte, por que não experimentá-la?
- Sabe mesmo cozinhar?
- O moço me leva e vai ver..."
Trecho em que Nacib analisa Gabriela para depois admiti-la como empregada.
Essa relação tem seu fim quando Nacib flagra Gabriela o traindo em sua cama na companhia de Tonico Bastos (é o clímax).
"Gabriela não enxergava mais nada além do terno de reis, das pastoras com suas lanternas, Nilo com seu apito, Miquelina com o estandarte. Não via Nacib, não via Tonico, não via ninguém..."
Trecho em que Gabriela abandona sua vida "presa", e vai a festa de Reis.
No campo social e político a complicação tem seu início a partir do momento em que o progresso começa a modificar Ilhéus. Passam a existir certas discordâncias em relação a este progresso que chegava na cidade. O confronto de ideias dos progressistas e dos conservadores. A construção de avenidas e o aprimoramento de rodovias caracterizam bem o progresso que chegava a Ilhéus. Buscava-se a exportação direta do cacau e o aumento da produção.
" Pois é: põem dificuldades a obras indispensáveis à cidade. Uma estupidez sem nome. Ramiro Bastos cruza os braços, não tem visão, os coronéis o acompanham."
Trecho da fala de Capitão (progressista) sobre a reprovação dos conservadores em relação às obras que seriam benéficas a cidade.
" Forasteiro !"
Maneira como o coronel Ramiro Bastos se referia a Mundinho Falcão, o símbolo do progresso.
Um detalhe importante é que esses conflitos continuam até o fim do livro, não sendo interrompidos no clímax deste campo.
DESFECHO
Apesar de ser traído, Nacib sente a falta de Gabriela, tanto no lado profissional (Gabriela