Jorge amado
Gabriela, cravo e canela inaugura uma nova fase na obra de Jorge Amado. A partir deste romance, o autor atenua o conteúdo político que marcou seus primeiros livros para dar ênfase à mistura racial, ao erotismo e a uma percepção sensorial do mundo. Ganham destaque as personagens femininas: as mulheres passam ao centro das narrativas como mito sexual, mas também como agentes do próprio desejo.
Gabriela, cravo e canela foi o primeiro livro escrito por Jorge Amado depois de deixar o Partido Comunista. Publicado em 1958, o romance recebeu no ano seguinte os prêmios Machado de Assis e Jabuti. Pouco depois, em 1961, Jorge Amado seria eleito para a Academia Brasileira de Letras, em grande parte graças ao estrondoso sucesso do livro. Gabriela virou novela da TV Tupi, em 1961, e mais tarde da rede Globo, em 1975. Traduzido para vários idiomas, Gabriela, cravo e canela é o livro de Jorge Amado com o maior número de traduções.
Mostraremos a seguir um pouco mais sobre esse escritor bárbaro, Jorge Amado, e sua grande obra: Gabriela Cravo e Canela, contaremos o resumo da obra e falaremos sobre os personagens e a apresentação da mesma.
1. AUTOR
JORGE AMADO
Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna, filho de João Amado de Faria e Eulália Leal. O pai havia migrado de Sergipe para se tornar fazendeiro de cacau na Bahia. Além de Jorge, o primeiro filho, o casal teve Jofre, que morreu aos três anos, Joelson e James. Antes que o primogênito completasse dois anos, a família mudou-se para Ilhéus, fugindo de uma epidemia de varíola (a “bexiga negra”).
No litoral sul da Bahia, a “nação grapiúna”, o menino Jorge Amado ganhou intimidade com o mar, elemento fundamental de seus livros, e viveu algumas de suas experiências mais marcantes. Cresceu em meio a lutas políticas, disputas pela terra e brigas de jagunços e pistoleiros. Seu pai foi baleado em uma tocaia. Em companhia do caboclo Argemiro, que nos dias de