Conflitos de civilizaçoes
Em todos estes confrontos modernos vem se revelando, ao lado de seus aspectos políticos e econômicos, uma profunda rejeição pelas soluções, padrões e comportamento inerentes à cultura ocidental-cristã .
Esta rejeição parte, essencialmente, da população islâmica que habita esses países convulsionados. Na região envolvida pelos principais conflitos da atualidade - Oriente Médio, Península Arábica, Ásia Central e Balcãs - agravam-se, dia a dia, os sinais de intolerância cultural, incentivados por lideres fundamentalistas islâmicos em constantes apelos para que toda a comunidade religiosa devota a seu Deus, Alá, e seu profeta, Maomé, se levante unida numa guerra santa (Jihad) contra os infiéis, os cristãos-ocidentais, que consideram invasores de suas terras.
Escritores internacionalistas e sociólogos norte-americanos devotados aos estudos prospectivos sobre a marcha da civilização vêm publicando obras analisando profundamente as origens e as possíveis conseqüências desse inquietante discórdia cultural.
Entre os livros de maior projeção sobre esta questão, verdadeiros best sellers, já traduzidos em vários idiomas, destacam-se dois: Choque de Civilizações (Clash of Civilization,1996), de autoria do professor Samuel Huntington, e Le Grand Bouleversement (tradução francesa, 2002), do professor Francis Fukuyama, o mesmo autor do polemico O Fim da História.
Francis Fukuyama
Samuel Huntington
O pensamento de Huntington pode ser resumido no seguinte conceito: a tendência no século XXI é para o agravamento do conflito entre as civilizações ocidental-cristã e árabe-islamita, ambas monoteístas e missionárias; este