Guerra fria
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
ENSINO MÉDIO
ROTEIRO:
PARTE I
TEMA:
MUNDO CONTEMPORÂNEO E ATUALIDADE
SUBTEMA:
CONFLITOS ÉTNICOS E TERRITORIAS
CONTEÚDOS TRABALHADOS:
2.2
EDUCADOR RESPONSÁVEL:
RENATO CATA-PRETA
ORIENTAÇÕES GERAIS
A leitura geopolítica do paradigma do Choque das Civilizações
Chamada de "choque de civilizações", essa tese foi levantada e defendida pelo cientista político norte-americano Samuel Phillips Huntington em 1993, num artigo publicado na conceituada revista "Foreign Affairs". Num momento de otimismo do liberalismo, com o fim da União Soviética e o desmantelamento dos principais regimes socialistas e de consolidação da absoluta superioridade militar e econômica dos Estados Unidos, Huntington enxergou um horizonte pessimista, no qual haveria um declínio da hegemonia ocidental e a religião assumiria um papel até então reservado às grandes ideologias.
Em linhas gerais, a tese de Samuel Huntington consiste no fato de que as explicações para os conflitos presenciados no mundo atual não são essencialmente ideológicas ou econômicas, mas sim de origem e de ordem cultural. O autor toma o cuidado de afirmar que as nações-Estado continuam os agentes mais poderosos nos acontecimentos globais, mas frisa que os conflitos internacionais envolverão cada vez mais diferentes civilizações. As linhas de cisão entre as civilizações serão, argumenta, cada vez mais as linhas de batalha do futuro, inclusive dentro de países tensionados por questões étnico-religiosas.
Huntington argumenta que os diversos conflitos entre nações-Estado e ideologias ocorreram no passado fundamentalmente no seio da civilização ocidental ou tendo esta por referência, exemplificando com os casos das duas grandes guerras mundiais e da própria Guerra Fria. Contudo, segue o autor, recentemente (mais precisamente sobretudo desde o fim da Guerra Fria), a política internacional saiu da fase ocidental e passou a ter como foco principal a interação entre a