conflitos agrarios
O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO vive um período truculento, de um lado vimos produtores rurais enfrentando diversos conflitos agrários, provocado pelos MSTs, e também pela FUNAI, com suas questões indigenistas que atormentam o meio rural.
O conflito pela terra e pelo acesso à água de qualidade é uma constante no Brasil atual. Nossa intenção é relacionar a ação do Estado, a partir de determinadas políticas públicas claramente neoliberais, com a ampliação das possibilidades de conflito no mundo rural brasileiro e que envolvem movimentos sociais que lutam pela terra e pela água.
Conflitos agrários no Brasil
As disputas fundiárias no Brasil atingiram em 2004 seu pior nível em pelo menos 20 anos, com confrontos entre sem-terra e fazendeiros e madeireiros na Amazônia e no Cerrado, disse a Comissão Pastoral da Terra.
Foram 1,801 mil conflitos documentados em 2004, quase o dobro dos 925 registrados em 2002, o ano anterior à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o relatório anual da CPT, ligada à Igreja Católica, sobre violência no campo. Em 2003, a CPT registrou 1,609 mil conflitos fundiários.
"Há um clima de impunidade que permite que os grandes latifundiários ataquem os pobres", disse o bispo Tomás Balduíno, presidente da CPT.
A morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro, atraiu grande atenção para a violência provocada pela disputa entre camponeses e proprietários pelos lucrativos recursos fundiários. A freira Stang foi assassinada ao defender um assentamento do governo federal na Amazônia.
Lula foi eleito com a promessa de assentar 400 mil famílias em terras improdutivas ou ilegalmente ocupadas, como prevê a Constituição. Mas ativistas dizem que ele colocou os direitos dos latifundiários à frente do dos sem-terra e do meio ambiente.
O presidente, que disputará a reeleição em 2006, pediu na que os pobres tenham paciência e disse que levará tempo para reparar a "dívida histórica" com os sem-terra do