Conflito na Síria
O conflito na Síria continua causando sofrimento humano e destruição imensuráveis. Dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam que 100 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o presidente Bashar al-Assad.
A estimativa é que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente – incluindo 3,1 milhões de crianças. Desse total, 4,25 milhões são deslocados internos. Até 9 de setembro, já havia mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e Norte da África.
Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas de acordo com a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA). Cerca de 400 mil delas foram completamente destruídas, 300 mil parcialmente destruídas e 500 mil sofreram danos de infraestrutura.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) estima que 400 mil palestinos refugiados na Síria (80%) precisem de assistência urgente. Cerca de 180 mil deles tiveram que fugir de Damasco por causa dos bombardeios e confrontos nos arredores.
O denso deslocamento populacional e a higiene precária aumentam o risco de piolhos, sarna, leishmaniose, hepatite A e outras doenças infecciosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando a situação e oferecendo tratamento em diversas áreas do país. A estimativa é de 2,5 mil casos de febre tifoide em Deir Ez-Zor e 14 mil de leishmaniose em Hassekeh.
Cerca de 57% dos hospitais públicos foram danificados ou destruídos e 37% estão fechados, segundo a OMS. Muitos profissionais de saúde estão fugindo do país e os que permanecem têm muita dificuldade para chegar aos postos de trabalho por causa da insegurança.
Muitos hospitais estão sem remédios essenciais como insulina e antibióticos. Também acabaram os estoques do Ministério da Saúde para tratamentos de queimados e feridos em unidades de terapia intensiva. O hospital de Aleppo, por