Concepções sobre população
Suicídio egoísta:
Para Durkheim o suicídio varia na razão inversa do grau de integração da sociedade religiosa, doméstica e política.
A causa dessas diferentes sociedades terem uma influência sobre o suicídio é que todos esses grupos sociais possuem a mesma propriedade variando apenas em grau: todos eles são grupos sociais fortemente integrados.
Portanto, quando a sociedade se desintegra, na mesma medida, o indivíduo se desengaja da vida social; seus próprios fins tornam-se preponderantes sobre os fins coletivos, comuns; sua personalidade tende a se colocar acima da personalidade coletiva.
Quanto mais enfraquecidos sejam os grupos a que o individuo pertence, menos ele depende deles e consequentemente dependem apenas de si próprio. O ego individual se afirma demasiadamente face ao ego social, por isso damos o nome de egoísta, diz Durkheim.
Se o homem social supõe uma sociedade a qual ele serve, se ela se desagrega, se nós não a sentimos viva e atuante em torno e acima de nós se vê sem fundamento. Fica nos faltando as razões da existência.
A única vida que podíamos sustentar não corresponde mais as nossas necessidades, deixando-nos desamparados.
Não existe mais nada que nós possamos prender nossos esforços, fica faltando a nossa atividade um objeto. A nossa vida social liga-se a nossa constituição moral, portanto não pode dela se afastar sem que na mesma medida perca sua razão de ser, o que pode dar origem ao desânimo provocando resoluções desesperadas.
Para Durkheim a sociedade é o todo, portanto o sofrimento dela torna-se o sofrimento dos indivíduos. O mal que ela sente se comunica às partes de que ela é feita. A sociedade é o fim de que dependemos, se nós lhe escapamos a nossa atividade se torna sem finalidade. Assim se formam as correntes de depressão e de desencanto, que não se originam dos indivíduos em particular, mas do estado de desagregação da sociedade. Ela provoca o relaxamento dos laços sociais, é uma espécie de