representaçao social da inteligencia
Concepções pessoais de inteligência: estudos no contexto escolar de Porto Velho
2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
As investigações sobre inteligência se classificam em dois grupos, a saber, teorias explícitas e teorias implícitas. Com teorias explícitas os autores (Faria, 2005; Dweck e Elliot, 1983) se referem ao conjunto de construções teóricas de pesquisadores, que investigam a inteligência através de métodos científicos, em especial testes. Por isso também chamada de avaliação objetiva da inteligência. Quanto às teorias implícitas, estas se referem a concepções pessoais de qualquer individuo, leigo ou especialista, a cerca do que é a inteligência. São passíveis de serem explicitadas por cientistas através de auto-relatos e questionários. São relativamente sistemáticas e coerentes, apesar de não serem elaborações científicas. Como o comportamento existe em função da representação subjetiva de mundo, as concepções pessoais de inteligência influem ativamente no comportamento do indivíduo (Faria, 2002).
Dentro das teorias implícitas, cientistas como Dweck distinguem as concepções estáticas versus concepções dinâmicas. As denominadas estáticas envolvem a crença de que a inteligência é um traço global e estável, limitado em quantidade e incontrolável. Ao passo que as dinâmicas envolvem a crença de que a inteligência é um conjunto dinâmico de competências e conhecimentos susceptíveis de desenvolvimento através de esforços e investimentos pessoais, portanto é uma habilidade controlável e transformável (Faria, 2002).
A escola uma instituição cuja função explícita é a promoção do desenvolvimento da capacidade intelectual (...) (Faria& Fontaine, 1993, p. 472), está intimamente ligada as concepções pessoais de inteligência. O ambiente escolar exerce decisiva influência sobre os estudantes, de forma que ao final do processo escolar, os sujeitos (...) tendem a orientar-se preferencialmente por uma delas quando pensam acerca da inteligência (Dweck & Elliott, 1983, apud