Concepção dialógica e dialogismo na comunicação corporativa e empresarial
A linguagem é uma capacidade ou faculdade mental que todos os seres humanos possuem. Ela é a mesma nos cerca de sete bilhões de indivíduos da espécie humana existentes no mundo. É essa capacidade, que pode ser considerada um órgão da mente, que nos permite adquirir e usar diferentes línguas.
Nenhuma linguagem pode aparecer sem um signo, no caso da linguagem verbal temos signos verbais como as palavras, o som das palavras, sua organização sintática e morfológica, etc, no caso da pintura, as cores, os traços, as molduras. Todo produto ideológico parte de uma realidade (natural ou social), possui um significado e remete a algo que lhe é exterior, ou seja, é um signo.
A linguagem sempre vai estar ligada a um tempo, a um espaço, a sua posição diante do mundo. Essa linguagem é o sujeito que vai utilizar num determinado espaço, numa determinada situação, levando em conta os seus interlocutores, mesmo quando se é o próprio interlocutor, ou seja, mesmo quando se está sozinho e pensando, também se tem a si mesmo em numa refração, numa reflexão.
Mesmo que o interlocutor fale a mesma língua, o sujeito não vai repetir ninguém. Ele vai se colocar como sujeito nessa linguagem, pois a linguagem não é somente a língua falada, e sim todo o conjunto de apresentação, como a forma como se fala, a sua forma de gesticular, a roupa que veste etc.
Para M. Bakhtin e V.N. Volochinov a linguagem como entendemos tem um conceito dialógico, acredita que somos compostos de ideias, produtos de experiências anteriores que somadas as nossas próprias experiências criam novos caminhos, sendo assim, vai contra o conceito de autoria, pois não somos donos de nada, somos fruto do dialogismo, da troca das informações.
Para o Círculo de Bakhtin, a ideologia abrange um grande universo: a arte, a filosofia, a ciência, religião, ética, política. O Eu Bahktiniano nunca será completo, pois só pode existir dialogicamente, ou seja,