Conceituando a Biossegurança
Na área da saúde, casos de catadores que se furam com uma seringa utilizada e abandonada no meio do lixo, epidemia de gripe em um país após hospedagem de estrangeiro contaminado, entre outros acontecimentos, levaram muitos estudiosos a refletirem acerca da adoção de normas e procedimentos seguros e adequados à manutenção da saúde da população, como maneira de prevenção de novos acontecimentos, diante disto, surge o campo da Biossegurança.
Inicialmente ela foi definida como um agrupamento de ações necessárias à contenda de riscos inerentes a exposição ou liberação acidental de agentes infecciosos em laboratórios, tendo como preocupação principal a construção de ambientes saudáveis. A ascensão da ciência e da tecnologia trouxeram diferentes inquietudes, ampliando seu foco e campo de aplicação de modo a abranger a construção de sistemas de prevenção e controle para diferentes situações de risco. Atualmente neste campo é discutido temas complexos que integram objetos tratados por diferentes áreas do conhecimento científico, como a ecologia, a epidemiologia, a biotecnologia, a bioética, a sociologia, dentre outras, numa exigência reflexiva que não é mais possível de ser abarcada pelas disciplinas tradicionais. (ROCHA, S.S., et al, 2012.)
Mais recentemente, o tema Biossegurança ultrapassou os limites dos laboratórios e hospitais com a constatação de que os riscos biológicos e químicos estão presentes também em outros ambientes. A Biossegurança é de tal importância, que a mesma pode ser entendida como um conjunto de conhecimentos, hábitos, comportamentos e sentimentos, os quais devem ser absolvidos pelo homem, para que o mesmo tenha meios seguros de desenvolver suas atividades. Devido à tão vasta atuação e significados, a Biossegurança está aliada ou anda junto com a Engenharia de Segurança, a Medicina do Trabalho, a Saúde do Trabalhador, a Higiene Industrial, Pessoal e Ambiental e com a Infecção Hospitalar. (ROCHA, S.S., et al,