biossegurança
Critical reflection on the invisibility of biosafety and biosecurity Lia Giraldo da Silva Augusto
Introdução
Gostaria de destacar no artigo em debate a sua atualidade e a perspectiva de não redução da biossegurança a procedimentos de avaliação de risco, ampliando-a para um escopo que inclui sua contextualização fundamental para atitudes precaucionarias tanto no nível individual, como no social e no institucional. As autoras iniciam seu artigo conceituando o campo da biossegurança. Faz um contraponto ao conceito inglês de biossegurança centrado em procedimentos para controle de riscos especialmente no ambiente de laboratório, apresenta o desafio diante da ampliação e da intensificação das situações de riscos frente ao desenvolvimento das biotecnologias e de outras que penetram os corpos vivos, as mentes humanas e a sociedade, afetando assim, em profundidade, suas três ecologias, como nos apresenta Félix Guattari1. Os desafios contemporâneos. A realidade humana ganhou mais complexidade em decorrência das revoluções científico-tecnológicas, que são atravessadas por grandes interesses econômicos, especialmente no mundo globalizado, onde os espaços e os tempos se estreitam, colocando paradoxalmente a sociedade do conhecimento como uma sociedade de risco. A ampliação do conceito de biossegurança e biosseguridade, apresentando-as como campos de inter-relações entre as situações de riscos tecnológicos, à saúde humana e ao ambiente, bem como a incorporação da bioproteção e da bioética, possibilitam o enfrentamento dos pares dialéticos “visibilidade- invisibilidade” e “precaução-situações de risco” para o desenvolvimento de sistemas produtivos e de consumo saudáveis, com a efetiva preservação da integralidade da saúde e dos ecossistemas. No entanto, o que vemos de forma corrente é a redução da biossegurança e da biosseguridade ao cumprimento de um receituário de “avaliação de