Conceitos de Espécies - Olhar biologico
Existe uma concordância entre os biólogos de que espécies são as unidades individuais da diversidade e que podem ser identificadas. O problema surge quando se tenta definir essas unidades.
Nas mais simples formulações, o conceito de espécie é deixado tão vagamente definido que o seu significado não é claro. Por exemplo, “espécies são tipos de organismos naturais e simples”, ou seja, uma classe de organismos similares que corresponde ao conceito dito “morfológico”. No entanto, os caracteres que supostamente separam estas classes não são necessariamente morfológicos, mas significa qualquer atributo, seja fisiológico, comportamental, ou que se refira às propriedades dos cromossomos e dos genes. De fato, uma definição morfológica deixa “espécie” incompletamente definida devido à nítida subjetividade da mesma.
Os evolucionistas, insatisfeitos com as definições de espécie baseadas em caracteres, afirmaram que as espécies deveriam refletir um fenômeno biológico subjacente real e não permanecerem meramente como categorias taxinômicas convenientes. Assim, surgiu o “conceito biológico de espécie” (CBE), que foi desenvolvido paralelamente com a ideia de que as espécies eram unidades importantes de evolução e que os mecanismos de isolamento eram recursos protetores à manutenção da integridade genética das mesmas.
A última versão do CBE de Mayr, em 1982, diz que “espécies são grupos de populações atualmente ou potencialmente intercruzantes, que são reprodutivamente isoladas e que ocupam um nicho específico na natureza”. Tais grupos não apenas não intercruzam, mas não têm o potencial para cruzar.
Na verdade não é tão simples assim — na natureza, existem