conceito do sujeito
No presente artigo temos como objetivo primordial trazer reflexões sobre o processo de constituição do sujeito, em uma abordagem pautada no pensamento de Luciano da Fonseca Elia, (2004). Para tanto, se faz necessário enveredarmos no âmbito psicanalítico, mais especificamente nas apreensões de Freud e Lacan (2007) sobre a categoria sujeito, em uma análise teórica do conceito buscando compreender sua construção histórica e seus desdobramentos no campo da Psicanálise, bem como no âmbito da Filosofia Palavras-chave: Sujeito; Psicanálise; Inconsciente, Real
O sujeito e o conceito
O livro tenta passar apenas o necessário, dos campos científico e filosófico, para poder responder à nossa questão, O sujeito e o conceito voltada para a psicanálise.
Podemos acompanhar uma idéia de Lacan e falar que sujeito é uma categoria moderna, e seu surgimento ao mesmo tempo da ciência. Lacan afirma também que “o sujeito sobre o qual operamos em psicanálise não pode ser outro que não o sujeito da ciência”. Sendo assim, a psicanálise, opera um sujeito parecido com a ciência.
Mas a frente Descartes fala uma frase que se tornou famosa: Cogito, ergo sum, a ser traduzida em português como Penso, logo sou, e não como se traduz costumeiramente: Penso, logo existo. Em primeiro lugar há uma razão de exatidão de língua e de tradução, dado que a forma latina é sum — o verbo é ser — e a forma em francês, língua de Descartes, é “Je pense donc je suis”, e não “Je pense donc j’existe”.
Kant diz o sujeito não aparecerá mais como uma res, substância consistente como em Descartes, mas como Vazio que, no campo do Entendimento, introduz a Razão, momento em que o sujeito é um sujeito transcendental, não-individual nem psicológico. O sujeito na experiência psicanalítica
Freud