Conceito de pobreza

Na sociedade portuguesa o conceito de pobreza ainda se encontra bastante enraizado, embora não sejamos um exemplo de um dos países mais pobres. A pobreza absoluta, que inclui os sem-abrigo, não tem proporções tão grandes quanto em certos países de outros continentes, e até do nosso, mas devido à dimensão relativamente pequena de Portugal, temos imensos casos que necessitariam de medidas mais céleres para a redução do mesmo. A pobreza relativa é apanágio de todas as sociedades, pois centra-se em padrões criados pela própria, onde as necessidades humanas são medidas de acordo com esses mesmos padrões. O que para nós pode ser um bom salário, por exemplo, 800€, num país como a Espanha, nosso vizinho, esse valor corresponde ao salário mínimo. O nosso salário mínimo é metade. Comparando os padrões salariais, nós estamos abaixo dos espanhóis, mas relativamente bem pagos em Portugal.
Num agregado familiar, a riqueza do mesmo é avaliada em termos de pessoas assalariadas, da habitação que usufruem, dos bens materiais (carros, férias, etc.) e da forma como se vestem. Mas mesmo essas pessoas que vivem numa situação confortável podem, de um momento para o outro, passarem por privações, sendo assim facilmente lançadas, nem que seja temporariamente, numa situação de pobreza. O desemprego e, por vezes, doenças prolongadas, são 2 dos fatores que podem ocasionar um estado súbito de pobreza. A educação dos jovens que já nasceram com dificuldades financeiras e desajustes sociais, pode também funcionar como uma agravante a essa mesma pobreza, pois os mesmos são marginalizados desde tenra idade e as suas expectativas de um futuro melhor são praticamente inexistentes (Cultura de pobreza). A maior parte deles envereda pelo crime, mora em bairros sociais e vivem da ajuda financeira da Segurança social, não se esforçando sequer por entrar no mercado de trabalho (Cultura de dependência). Este segmento da população está incluída na subclasse que aporta, também, pessoas de raças e etnias