Alcoolismo
As novas exigências do capitalismo globalizado acarretam múltiplos riscos à sociedade, dentre os quais a busca de novas motivações ao uso do álcool e outras drogas, responsável pelo que já se constitui um problema internacional de saúde pública. No trabalho, o consumo de álcool “auxilia” no enfrentamento de situações perigosas e de tensões, insensibilizando contra o que faz sofrer. O presente estudo procurou rastrear a literatura existente que aborda a relação entre trabalho e alcoolismo. As novas exigências do capitalismo globalizado acarretam múltiplos riscos à sociedade, dentre os quais a busca de novas motivações ao uso do álcool e outras drogas, responsável pelo que já se constitui um problema internacional de saúde pública. No trabalho, o consumo de álcool “auxilia” no enfrentamento de situações perigosas e de tensões, insensibilizando contra o que faz sofrer. O presente estudo procurou rastrear a literatura existente que aborda a relação entre trabalho e alcoolismo. A principal base teórica sob a qual nos apoiamos é a Psicodinâmica do Trabalho, cujo autor mais conhecido é Christophe Dejours. Por meio dela, buscamos acessar a relação psíquica com o trabalho, através da investigação das fontes de sofrimento e prazer, das defesas acionadas para enfrentar os constrangimentos do trabalho. Os resultados mostram que algumas situações específicas do trabalho favorecem o aumento do uso do álcool, a saber: disponibilidade do álcool; pressão social para beber; altos ou baixos rendimentos; tensão, estresse e perigo; volume de trabalho insuficiente ou excessivo; invisibilidade do trabalho; pressão quanto a horários e metas; condições climáticas adversas; isolamento social; trabalho noturno Verificou-se ainda que, no Brasil, o alcoolismo é o terceiro motivo para faltas e a causa mais frequente de acidentes no trabalho. Outros efeitos apontados são: concessões de auxílio-doença, atrasos, queda de produtividade, conflitos interpessoais.