Comédia liberal
Neste capítulo o autor põe o antagonismo liberalismo x Estado moderno.Para a existência de uma economia de mercado é necessário um poder quemantenham as condições para o seu funcionamento natural.Bejamin Constant diz que o poder é uma coisa vil, herança do passado que só énecessário, por enquanto, para manter a economia de mercado de forma segura.Cada vez mais, na sociedade democrática, expandem-se as relações de poder etornamo-nos mais dependentes delas. As relações de troca na sociedade capitalista, afragmentação do poder estatal.Além do fortalecimento do poder, há uma maior intervenção dele nos meios privados.Um exemplo que podemos retomar é a família, que é menos autônoma do que napólis grega.A educação passa agora a não ser responsabilidade da família, mas do Estado atravésda Escola. Além de tudo isso, fica mais evidente que estamos nos tornando menoresno organismo político.
Lebrun coloca que “o Estado moderno é menos abertamente dominador, e mais manipulador; preocupa-se mais em reprimir a obediência do que preveni-la. É feito menos para punir do que para disciplinar”.
O Estado determina, no Estado moderno, coisas que antes eram de decisão individual.Durante o século XIX, com a chegada do liberalismo, houve a propagação da ideia deque as pessoas devem buscar a sua liberdade individual, e que isto é uma aspiraçãoessencial ao ser humano. Para Lebrun isso é tolice. Ele diz que julgamos o Estado comomal, mas no fim das contas acabamos depositando toda a confiança eresponsabilidade organizacional sobre ele; até os mais liberais e libertários estãoincluídos nesse meio. O Estado é obrigado, pelos próprios súditos, a ser onipotente eonipresente e que delegue boa parte das suas relações. O que faz os indivíduos terem medo do poder é o despotismo que causa desconfiança.
O capítulo quatro, “A comédia liberal”, inicia-se com o fato de o liberalismo do século 19 enraizar-se na crítica à nação de soberania e aos excessos que essa pode