Comunidade
Tomando como base a questão da insegurança que todos sentimos hoje em dia, Bauman escreve um livro ácido que critica não só o modo como vivem os afortunados, como também as elites acadêmicas cada vez mais distanciadas do ideal da comunidade.
A insegurança, que diz respeito a todos, se origina do mundo em que vivemos, desregulamentado, flexível, plural, competitivo e repleto de incertezas, onde cada um está deixado por conta própria. Como assinala: Somos convocados (...) a buscar soluções biográficas para contradições sistêmicas; procuramos salvação individual de problemas compartilhados (p. 129). O mundo volátil e mutante à nossa volta induz a um investimento naquilo que podemos ou supomos controlar, qual seja, a nossa autopreservação. Para tanto o paliativo para a insegurança é a busca por segurança que tem a ver com a nossa integridade corporal, nossas propriedades, nossa "comunidade" e que faz do estranho o inimigo a ser evitado ou combatido. Levantamos muros, compramos vigilância privada já que a pública deixa a desejar. O contrasenso se faz presente. Ao incrementarmos nosso arsenal de