Comunidades
Para partir para a realidade de uma comunidade, é preciso partir dos problemas e preocupações dessa população. Identificar os interesses e preocupações comunitárias significa partir de onde a comunidade se encontra; significa identificar que algumas comunidades já se encontram em situações evoluídas, que se traduzem pelos processos de reflexão e ação que aí se envolvem. Já outras se encontram no estágio de pensar e sentir. Individualmente aquelas questões comuns a toda comunidade e, assim, suas atitudes são também personalistas e individualizadas. Outras ainda reconhecem a existência de algumas pessoas que pensam os problemas comuns da comunidade e consideram que cabe a estas as posições que lhes convierem, permanecendo, no entanto, com seu pensar e agir individual. Cada comunidade possui um tempo histórico, em termos de condições de desenvolvimento. A identificação dos interesses, preocupações e lutas da população é o caminho necessário para fazer avançar o processo de desenvolvimento maior ou menor em que se encontra a comunidade. Na sociedade se criam, se modificam e se suprimem necessidades e se produzem mecanismos para que a população majoritária as assuma como próprias. O processo pedagógico a ser desencadeado pelo profissional na ação sobre estas necessidades supõe, sobretudo, reflexão quanto aos condicionamentos e inter-relações causais desses problemas sentidos. A prática mostra que não é tão simples sair da identificação aparente dos problemas para a identificação de sua essência. O diálogo no qual se faz presente a consulta e o confronto de idéias, experiências e práticas é um processo necessário a uma identificação mais profunda das necessidades sentidas. Esse processo exige que o profissional tenha clareza quanto às suas atribuições e contribuições em termos de conhecimentos e habilidades técnicas. De acordo com a própria dinâmica da sociedade, a existência