Comunicação social e contradições no sistema de saúde brasileiro
Há cerca de vinte e sete anos, fora instituído pelo artigo 198 da Constituição Federal Brasileira, o nosso Sistema Único de Saúde. O SUS, criado a partir da influência, tanto do Movimento da Reforma Sanitária no Brasil, quanto pelos ideais de proteção solidária, de países europeus, no pós IIª Guerra e de manifestações pró democráticas, detêm, segundo Santos NR., (2007) o papel de: Ser responsável por uma produção de serviços de saúde de importância fundamental para o país: grandes quantidades de atendimentos por unidades básicas, a quase totalidade de vacinações feitas no país, consultas, procedimentos especializados e exames, internações, transplantes, programas bem sucedidos como o de controle e tratamento de pacientes com HIV/AIDS, Programas de Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde da Família (PACS/PDF), ações de vigilância em saúde, desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias em imunobiológicos, fármacos, informação, gestão, etc.
Porém, apesar do grande passo dado na saúde brasileira com a criação do SUS, o sistema peca em alguns pontos de atendimento, por exemplo, com o mínimo de serviços de apoio ao diagnóstico e terapêuticos, instalações precárias, comunicação falha e grande tempo em listas de espera para cirurgias e consulta à especialistas. Tendo em vista essas falhas, os sistemas de saúde privados no Brasil ganham força, já que fazem uma propaganda onde afirmam que garantem melhor acesso a tratamentos, qualidade de serviço e atendimento. Entretanto cabe uma simples análise para constatar que apenas os indivíduos que podem pagar pelo serviço conseguem um bom atendimento, já que esse sistema privado está intrínseco na lógica neoliberal, a lógica do mercado. Essa lógica torna a saúde privada, no Brasil, concorrente à pública e não complementar como deveria ser e, além dessa realidade conseguem que, recursos destinados a saúde pública sejam usados para pagar