Comunicação Organizacional e Interpessoal
Com a linguagem não é diferente. Temos de pensá-la sob o prisma da adequação. Numa situação de caráter informal, como num bate-papo descontraído entre amigos, é “certo”, isto é, é adequado que se utilize a língua de maneira espontânea, em seu nível coloquial, portanto. Já numa situação formal, como num discurso de formatura, por exemplo, não seria “certo”, isto é, não seria adequado utilizar a língua em sua forma coloquial. Tal situação exige não somente uma vestimenta, mas também uma linguagem adequada.
Porém, será que é essa visão que a escola nos passa acerca do que é certo ou errado em matéria de língua? Na maioria das escolas, cremos que isso não ocorra. O grande problema é que a norma gramatical é posta como um imperativo categórico, isto é, ela não diz o que você deve fazer nesta ou naquela situação, ela diz como você deve se portar em todas as situações. Quantas vezes fomos advertidos de que determinada construção estava “errada”, sem que se levasse em conta o contexto em que ela aparecia?
A escola, por privilegiar o ensino da gramática normativa, encara o erro como tudo aquilo que se desvia da norma. Se a norma estabelece que não se deve usar o verbo “ter” impessoalmente, isto é, substituindo o verbo haver no sentido de existir, construções como: “Tem dois alunos jogando bola” e “Tinha uma mulher na