Resenha
Como visto, Sandro assistiu à violência e a morte de sua própria mãe, grávida de cinco meses e, sem pai, cai no mundo da marginalidade. Consequentemente, sem nenhuma oportunidade de vida melhor, transforma-se em um jovem revoltado e violento, inserindo-se no mundo do crime, não como opção, mas como meio de assegurar a sua própria sobrevivência.
O filme não trata do sequestro em si, mas sim da história de vida do assaltante. Como recurso narrativo inicial, Bruno Barreto optou por mostrar a linha temporal de dois personagens. Alessandro, “Alê”, filho de uma drogada que é expulsa do morro e passa a ser criado pelo traficante Meleca e a história do sequestrador Sandro, morador de favela que presencia a morte da sua mãe e após uma breve estadia na casa de sua tia resolve morar nas ruas. Sandro vai dormir nas escadas da Candelária, onde passa a ser chamado de “Alê”. O destino dos dois se cruza quando Alessandro, que fornecia droga para as crianças da Candelária decide ir cobrar uma dívida. Sandro, que era uma das crianças da Candelária é quem deve arrumar o dinheiro para pagar as drogas, mas não consegue. Nesse mesmo dia, acontece a famosa chacina da Candelária e Sandro foi um dos sobreviventes, fingindo-se de morto. Com a chacina, Sandro tem um depoimento gravado exibido nos telejornais. Nesse momento, a mãe de Alessandro, que fora expulsa da favela, acredita que aquele é seu filho e parte em busca dele.
O filme tenta mostrar o