Comunicação Empresárial

Comunicação Empresarial
Shiu Santos

A Comunicação Empresarial enquanto conceito é recente e tem pouco mais de 30 anos no Brasil. Na Década de 1970 as empresas e associações já se comunicavam, porém suas atividades eram percebidas e desenvolvidas de forma isolada. A edição de publicações empresariais, a assessoria de imprensa, a organização de eventos, a publicidade e o marketing, eram assumidos por departamentos e profissionais sem formação ou vinculação com as áreas da comunicação, o que resultava em uma diálogo empresarial lento, difuso e muitas vezes contraditório.
Segundo RUBIM, 2003, o contexto em que as empresas e o próprio país se encontravam, era adverso, vivia-se em pleno regime de exceção, e a postura empresarial se afinava, muitas vezes, com a força militar. O espaço para o diálogo era quase inexistente. Vigorava o lema: “manda quem pode obedece quem tem juízo”.
A década de 1970, porém, sinalizou mudanças importantes quanto à implantação de uma cultura de comunicação nas empresas. Os profissionais começaram a ser recrutados para desempenhar atividades específicas em empresas privadas de médio e grande porte, que cientes da importância deste instrumento, começavam a criar setores específicos de comunicação. A literatura, neste campo, dava os seus primeiros passos, com a contribuição decisiva das universidades. Os anos de 1980 deram o impulso que faltava à comunicação Empresarial, que ganhou status nas organizações e passou, efetivamente, a ser um campo de trabalho vantajoso, atraindo profissionais de todas as áreas.
O jornalismo empresarial e as atividades afetas às relações públicas se profissionalizam com a chegada dos egressos dos cursos de Comunicação Social e, sobretudo com a vigência do regime democrático, que exigiu nova postura das organizações. Segundo RUBIM, 2003 os profissionais da área já haviam percebido que o campo era maior do que a simples edição de house-organs, a organização de eventos e a realização de algumas campanhas